Wednesday, April 17, 2013

VOILÁ


Retirado da versão "online" da publicação Dinheiro Vivo

Erro no excel põe em causa trabalho académico que sustenta políticas de austeridade

Famílias têm 130 mil milhões em depósitos
Erro de excel põe estudo em causa
D.R.
17/04/2013 | 17:35 | Dinheiro Vivo
Um dos trabalhos académicos que sustenta as políticas de austeridade, que encontrou um efeito negativo entre endividamento e crescimento económico, está a ser posto em causa depois de terem sido encontrados erros nos cálculos de excel.  De acordo com um trabalho académico desenvolvido pelo estudante de doutoramento Thomas Herndon e pelos seus professores Michael Ash e Robert Pollin, da Universidade de Massachusetts, o trabalho apresentado em 2010 por Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff ("Crescimento em tempos de dívida") errou ao concluir que um elevado nível de dívida condena uma economia a um crescimento lento.
Segundo o estudo, elaborado por estes dois académicos da Universidade de Harvard (Estados Unidos), os países com um rácio de dívida pública acima dos 90% do Produto Interno Bruto (PIB) assistem a uma contração média das suas economias de cerca de 0,1% por ano.
Agora, Herndon, Ash e Pollin recriaram os cálculos feitos para 20 economias desenvolvidas no período pós-Segnda Guerra Mundial e, num 'paper' de revisão do trabalho de Reinhart e Rogoff, concluiram que os países com um rácio da dívida pública daquela dimensão tiveram um crescimento do PIB de 2,2%, apenas um ponto percentual abaixo da taxa de crescimento observada em países com menores rácios da dívida.
Segundo os autores, na base dos problemas estiveram os cálculos feitos para o período pós-Guerra: um erro de código que faz com que cinco países tenham sido excluídos das médias entre 1946 e 2009 (Austrália, Bélgica, Áustria, Canadá e Dinamarca), um sistema de ponderação pouco convencional usado nas estatísticas e a exclusão seletiva da Nova Zelândia.

Seria um grande LOOOOL se não estivessem em causa as nossas vidas :-/