Sunday, July 07, 2013

Afinal voltou


É oficial. As instituições não funcionam. Não vivemos em democracia. Finalmente provamos o fel de ter uma maioria de incompetentes, um governo de desavergonhados e um presidente coveiro... todos da mesma tendência (e estupidez). A direita tem finalmente o que sempre desejou.

Espero que tenhamos TODOS aprendido a lição e que aquele ditado de colocar todos os ovos no mesmo cesto era, afinal, bem avisado.

E agora?

Não sei. Vacilo. Sinceramente se colocarem no governo malta minimamente competente e com cérebro (o que inclui colocar Passos a servir no máximo as bicas) julgo que a coisa se deve aguentar um tempinho até a Europa tomar as gotas e arrepiar caminho. O PS tem de retirar rapidamente o Seguro da li ou isto não vai ter fim. O resto da esquerda era bom que tomasse juízo e crescesse.

Mas está visto que a EU só pode funcionar como uma federação, com um governo e presidentes únicos. É possível? Duvido muito com esta geração de políticos europeus. Só depois disto resolvido se poderá almejar a alterações mais profundas que acabem de uma vez por todas com a jogatana dos mercados e cenas afins que esteve, está e estará por detrás de tudo isto… seja mini ou macro.

Aguardemos com o entusiasmo possível e... haja saúde porque vai demorar mais do que se esperava...

Tuesday, July 02, 2013

E depois do adeus...


Bom... finalmente Gaspar acertou! Saiu!

Paulo bate com a Porta. Só peca por tardio. Devia tê-lo feito a quando da TSU.

Estão criadas as condições para começarmos a inverter o estado a que as coisas chegaram.

Passos vai espernear. O orçamento rectificativo talvez ainda passará mas o de 2014 não.

Cai governo. Ganha Seguro se lá chegar ... com Portas e uma votação expressiva da CDU.

Aguenta-se 6 meses, um ano vá.

Depois esperemos que apareça alguém com cérebro... por exemplo Rui Rio.

Isto é o plausível.

Desejável mesmo era toda esta tropa ir com os porcos (Europa incluída).

Enquanto tal nao acontecer, a agonia vai continuar para todos.

Monday, June 24, 2013

É oficial...



Finalmente as mentes "iluminadas" começam a perceber que isto da austeridade por si é receita para coisa nenhuma (ver post da Eunice Goes ).

O que eu acho estranho é que se tenha levado tanto tempo a chegar "aqui". Como tudo na vida é necessário equilibro e, como diria o “outro”, também é necessário fazer as contas. Se alguém se tivesse dado ao trabalho de as fazer (os nossos governantes por exemplo) rapidamente teriam concluído que estávamos a iniciar um caminho para o abismo.

Contudo, o mais grave é que ou governação europeia optou por este caminho com base na "fé" (nitidamente o caso do nosso governo de gente impreparada e, sobretudo, inculta) ou, ainda mais grave, existe efectivamente uma agenda secreta que tem como objectivo não propriamente empobrecer países (será um dano colateral) mas criar condições para que parte da europa do Euro seja competitiva relativamente às economias emergentes. Portanto uma espécie de plano de rollback destinado a corrigir erros do passado que tornaram a Europa produtiva demasiado dependente do Oriente na ideia (errada) que um continente poderia subsistir de trabalho intelectual e serviços.

Pessoalmente julgo que os grandes grupos económicos europeus têm efectivamente uma agenda de rollback (ainda que não concertada) e com isso vão influenciando directa ou indirectamente uma fraca geração de políticos sem visão nem projectos de longo prazo. Caso não tenham, arriscam-se a colapsar assim que a “vantagem intelectual” desaparecer. A Coreia já descolou e não deve faltar muito para China e Índia comessem também a dar cartas em todos teatros sendo que contam com vantagens de escala que a Europa nunca poderá ter.

No final, vamos acabar por não resolver um dos problemas que nos trouxe até aqui: a desregulação dos mercados financeiros. Enquanto a especulação for um dos principais, senão o principal, motores das economias “modernas” estaremos condenados a estes espasmos. Mas isto já é outra conversa :-)

Wednesday, April 17, 2013

VOILÁ


Retirado da versão "online" da publicação Dinheiro Vivo

Erro no excel põe em causa trabalho académico que sustenta políticas de austeridade

Famílias têm 130 mil milhões em depósitos
Erro de excel põe estudo em causa
D.R.
17/04/2013 | 17:35 | Dinheiro Vivo
Um dos trabalhos académicos que sustenta as políticas de austeridade, que encontrou um efeito negativo entre endividamento e crescimento económico, está a ser posto em causa depois de terem sido encontrados erros nos cálculos de excel.  De acordo com um trabalho académico desenvolvido pelo estudante de doutoramento Thomas Herndon e pelos seus professores Michael Ash e Robert Pollin, da Universidade de Massachusetts, o trabalho apresentado em 2010 por Carmen Reinhart e Kenneth Rogoff ("Crescimento em tempos de dívida") errou ao concluir que um elevado nível de dívida condena uma economia a um crescimento lento.
Segundo o estudo, elaborado por estes dois académicos da Universidade de Harvard (Estados Unidos), os países com um rácio de dívida pública acima dos 90% do Produto Interno Bruto (PIB) assistem a uma contração média das suas economias de cerca de 0,1% por ano.
Agora, Herndon, Ash e Pollin recriaram os cálculos feitos para 20 economias desenvolvidas no período pós-Segnda Guerra Mundial e, num 'paper' de revisão do trabalho de Reinhart e Rogoff, concluiram que os países com um rácio da dívida pública daquela dimensão tiveram um crescimento do PIB de 2,2%, apenas um ponto percentual abaixo da taxa de crescimento observada em países com menores rácios da dívida.
Segundo os autores, na base dos problemas estiveram os cálculos feitos para o período pós-Guerra: um erro de código que faz com que cinco países tenham sido excluídos das médias entre 1946 e 2009 (Austrália, Bélgica, Áustria, Canadá e Dinamarca), um sistema de ponderação pouco convencional usado nas estatísticas e a exclusão seletiva da Nova Zelândia.

Seria um grande LOOOOL se não estivessem em causa as nossas vidas :-/

Saturday, March 02, 2013

Será que vai ser desta?


A falta de inteligência e sobretudo competência na governação tem abundado. Talvez a única novidade tenha sido o facto de não ser fenómeno exclusivo aqui do burgo.

Não acontece por acaso. Todos contribuímos com o nosso grãozinho de indiferença na ilusão que a solução passará por outros. Nada mais errado e cada dia que se sucede é uma evidência.

Daqui a pouco mais de uma hora vamos ter mais uma manif. Espero que produza algum tipo de resultado. Não que espere que o governo ou a Europa vejam a luz e com isso alterem o rumo que seguimos. Mas espero pelo menos que sejamos muitos e nos convençamos que já basta de tantos serem objetivamente prejudicados por tão poucos sendo estes tão fracos.

No entretanto, a título de curiosidade, aqui fica um quadrinho esclarecedor:


Nota: Esta infografia levou-me menos de 2h a produzir, incluindo o tempo necessário para recolher os dados no Eurostat e em Wikis diversas. Não percebo porque os nossos media não se esforçam pelo menos isto para nos iluminar com factos em vez de conversa da treta

Tuesday, October 30, 2012

Pipoca

Fernando Ulrich: “O país aguenta mais austeridade?... Ai aguenta, aguenta” 

(in Público 2012-10-30

Depois de ter retirado o pouco dinheiro que ainda lá tinha e pedido para cancelar a conta sinto algo parecido com satisfação. Espero sinceramente que outros, muitos, o façam para que este senhor possa ver a porta da rua e provar um pouco do que advoga.

Friday, October 19, 2012

Como?

Este blog não tarda passa a RSS tamanho é sumo surreal que escorre dos media.

Atentai hoje no IOL.pt:

Ulrich: Estado podia pagar a desempregados para trabalhar no BPI

O presidente do banco BPI, «um dos maiores empregadores» de Portugal, lamenta nunca ter sido contactado por ninguém, do Governo, das associações patronais ou dos sindicatos, que lhe perguntasse o que pode fazer para ajudar a fomentar o emprego no país. Em entrevista à RTP1 na noite de quarta-feira, o banqueiro sugeriu que, em vez de pagar subsídios de desemprego, o Estado poderia pagar às pessoas para trabalharem no seu banco ou noutras grandes empresas.

Segundo Fernando Ulrich, a medida poderia aumentar o número de funcionários do BPI, que emprega 6.500 pessoas.

«Se ninguém negociar comigo nada, se ninguém me propuser nada, o caminho em que nós vamos é o de reduzir pessoas. E é isso que vamos continuar a fazer porque é isso que aumenta a rentabilidade do banco», argumentou.

Banqueiro defende que seria melhor do que mantê-las inativas em casa e sem esperança. «Aprendiam e valorizavam-se, era bom para a carreira», diz
Mas, se o Estado, continuando a pagar aos desempregados, propusesse ao banco «absorver» algumas dessas pessoas, para as manter ocupadas e contribuir para a sua aprendizagem e formação, seria possível criar emprego no país, defendeu.

«É melhor do que pagar subsídios de desemprego. Das pessoas que estão em casa, se pudesse haver 300 ou 500 que estivessem no BPI, nem que fosse por um ano ou dois, aí garanto que era bom para elas, que aprendiam, que se valorizavam, que era bom para a carreira», explicou, sugerindo o pagamento integral do salário como forma de apoio. «Aprendem, estão integradas socialmente, têm destino, têm esperança», continuou. «Se estiverem perdidas, sem fazer nada e sem saber para onde ir, os melhores podem emigrar, os outros, se calhar, nem isso».

«Isto que estou a dizer o BPI pode fazer, a EDP pode fazer, a Portugal Telecom, a Jerónimo Martins, a Sonae, muitas grandes empresas podem fazer isto», adiantou ainda, explicando que em pequenas e médias empresas a entrada de novos funcionários poderia perturbar o seu funcionamento.

Na mesma entrevista, Ulrich teceu ainda rasgados elogios ao ministro das Finanças, considerando que é «o homem certo no lugar certo».


Ena, Ena! querem ver que o Borges afinal tinha razão sobre os nossos empresários? Francamente, senhor Ulrich!! Ter estes pensamentos já era mau mas agora partilhá-los? Qual foi a parte de que nós estamos TOTALMENTE fartos de pagar o desvario de terceiros que "bomecê" não percebeu ainda?

Porventura está esquecido que a situação atual se deve, em primeiro lugar, às orgias financeiras de instituições como a sua só que em grande? O que acha que aconteceria aos atuais empregados se, de repente, a moda pegasse, hum? Para quê pagar ordenados a empregados se afinal o estado mos paga?

Entre nós: esta proposta até tem algo de válido mas entre entidades privadas: se uma empresa que tem força laboral inativa pode (e estão a fazê-lo!!!) colocá-la à consignação noutras empresas. Agora ser o estado a fazê-lo é a perversão final.

No fundo vocês são todos muito liberais na conversa mas quando toca a dificuldades é do estado que se lembram sempre.

Se a sua organização não tem dinheiro para pagar a empregados, retirando-os do fardo ao estado então que feche...JÁ!