Tuesday, October 30, 2012

Pipoca

Fernando Ulrich: “O país aguenta mais austeridade?... Ai aguenta, aguenta” 

(in Público 2012-10-30

Depois de ter retirado o pouco dinheiro que ainda lá tinha e pedido para cancelar a conta sinto algo parecido com satisfação. Espero sinceramente que outros, muitos, o façam para que este senhor possa ver a porta da rua e provar um pouco do que advoga.

Friday, October 19, 2012

Como?

Este blog não tarda passa a RSS tamanho é sumo surreal que escorre dos media.

Atentai hoje no IOL.pt:

Ulrich: Estado podia pagar a desempregados para trabalhar no BPI

O presidente do banco BPI, «um dos maiores empregadores» de Portugal, lamenta nunca ter sido contactado por ninguém, do Governo, das associações patronais ou dos sindicatos, que lhe perguntasse o que pode fazer para ajudar a fomentar o emprego no país. Em entrevista à RTP1 na noite de quarta-feira, o banqueiro sugeriu que, em vez de pagar subsídios de desemprego, o Estado poderia pagar às pessoas para trabalharem no seu banco ou noutras grandes empresas.

Segundo Fernando Ulrich, a medida poderia aumentar o número de funcionários do BPI, que emprega 6.500 pessoas.

«Se ninguém negociar comigo nada, se ninguém me propuser nada, o caminho em que nós vamos é o de reduzir pessoas. E é isso que vamos continuar a fazer porque é isso que aumenta a rentabilidade do banco», argumentou.

Banqueiro defende que seria melhor do que mantê-las inativas em casa e sem esperança. «Aprendiam e valorizavam-se, era bom para a carreira», diz
Mas, se o Estado, continuando a pagar aos desempregados, propusesse ao banco «absorver» algumas dessas pessoas, para as manter ocupadas e contribuir para a sua aprendizagem e formação, seria possível criar emprego no país, defendeu.

«É melhor do que pagar subsídios de desemprego. Das pessoas que estão em casa, se pudesse haver 300 ou 500 que estivessem no BPI, nem que fosse por um ano ou dois, aí garanto que era bom para elas, que aprendiam, que se valorizavam, que era bom para a carreira», explicou, sugerindo o pagamento integral do salário como forma de apoio. «Aprendem, estão integradas socialmente, têm destino, têm esperança», continuou. «Se estiverem perdidas, sem fazer nada e sem saber para onde ir, os melhores podem emigrar, os outros, se calhar, nem isso».

«Isto que estou a dizer o BPI pode fazer, a EDP pode fazer, a Portugal Telecom, a Jerónimo Martins, a Sonae, muitas grandes empresas podem fazer isto», adiantou ainda, explicando que em pequenas e médias empresas a entrada de novos funcionários poderia perturbar o seu funcionamento.

Na mesma entrevista, Ulrich teceu ainda rasgados elogios ao ministro das Finanças, considerando que é «o homem certo no lugar certo».


Ena, Ena! querem ver que o Borges afinal tinha razão sobre os nossos empresários? Francamente, senhor Ulrich!! Ter estes pensamentos já era mau mas agora partilhá-los? Qual foi a parte de que nós estamos TOTALMENTE fartos de pagar o desvario de terceiros que "bomecê" não percebeu ainda?

Porventura está esquecido que a situação atual se deve, em primeiro lugar, às orgias financeiras de instituições como a sua só que em grande? O que acha que aconteceria aos atuais empregados se, de repente, a moda pegasse, hum? Para quê pagar ordenados a empregados se afinal o estado mos paga?

Entre nós: esta proposta até tem algo de válido mas entre entidades privadas: se uma empresa que tem força laboral inativa pode (e estão a fazê-lo!!!) colocá-la à consignação noutras empresas. Agora ser o estado a fazê-lo é a perversão final.

No fundo vocês são todos muito liberais na conversa mas quando toca a dificuldades é do estado que se lembram sempre.

Se a sua organização não tem dinheiro para pagar a empregados, retirando-os do fardo ao estado então que feche...JÁ!


Wednesday, October 17, 2012

Gaspar, atina lá com o Excel pá!

Lamento o copy+paste mas é mais transparente:

FMI prevê descalabro da economia portuguesa em 2013


O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu os seus cálculos sobre a contracção da economia portuguesa em 2013 e considera que esta pode triplicar ou mesmo quintuplicar aquele 1 por cento que o Governo tinha previsto.

Segundo os novos cálculos do FMI, é de prever que as políticas de austeridade levem a uma queda do PIB até um máximo de 5,3 por cento em 2013, mas nunca inferior a 2,8 por cento. O Governo tinha previsto uma queda na ordem de 1 por cento.

O FMI reviu os seus cálculos partindo do pressuposto de que cada euro poupado por imposição das políticas de consolidação orçamental produz na economia uma contração entre os 90 centimos e 1,70 euros.


Este novo multiplicador foi proposto, numa curta observação incluída no último relatório semestral do FMI, pelo seu economista-chefe, Olivier Blanchard. O multiplicador usado anteriormente, também pelo próprio FMI, e ainda hoje nos cálculos do Governo português, é o de 50 cêntimos de contracção na economia por cada euro cortado no orçamento.


A diferença é que o FMI considera ter errado na utilização desse multiplicador e o Governo português insiste em usá-lo. Segundo Blanchard, é a experiência das políticas levadas a cabo desde o início da actual crise financeira que obriga a introduzir uma correcção no modo de fazer os cálculos.


As consequências são claras: se o FMI e o seu economista-chefe estiverem enganados, a execução orçamenal do OE 2013 não estará condenada de antemão. Caso contrário, o Orçamento estará desde já viciado e as suas contas, baseadas num multiplicador errado, só poderão acertar muito ao lado das previsões.





Mai Nada II


Há quem não goste e até, pasme-se, quem não concorde




Compreendo a diversidade de gostos mas como não concordar? As evidências gritam!

Monday, October 15, 2012

15 de Outubro, 23h ...


Frente ao parlamento:

(foto DN)

Enquanto isso na RTP1 Prós e Contras, RTP2 Californication, SIC Gabriela, TVI Grande Amor, SIN, RTPIN e TVI24 a ruminar futebol.

Afinal de contas hoje foi só o dia em que o nosso governo patético apresentou o orçamento "game over, insert coin"... por um tal de Vitor de Gaspar que afirmou querer e cito: "retribuir dádiva que o país lhe deu". 

Conclusão: Televisões, incompetência e maus investimentos a rodos!!...  tem tudo para triunfar, apre!








Sunday, October 14, 2012

Mai nada!


Será que finalmente estamos a acordar? 





Ou bastará encherem-nos novamente o frigorífico para voltarmos ao "cada um por si"?

Este evento foi um excelente exemplo do que é possível fazer sem "eles". Nós podemos tudo mas não encolher os ombros!

Existem de fato alternativas. Não são simples, nem rápidas e muito menos indolores mas se não for desta, provavelmente já não haverá próxima.




Friday, October 12, 2012

Não compliquem

De fato vivemos tempos fantásticos e não estou a ser irónico. Nacional e globalmente somos governados por hordas de incompetentes.

Se outra evidência não houvesse, bastaria o já assumido erro de estimativa do FMI para acender todas as luzes no painel de controlo de políticos minimamente corajosos embora absolutamente nabos em Excel ou mesmo contas de merceeria.

Em vez de se andar a cavalgar em powerpoints e modelos económicos de sustentação agora comprovadamente discutível era bom que as almas ainda bem remuneradas deste planeta se dessem ao trabalho de, numa básica folha de cálculo, tentarem calcular o resultado da equação impossível que tentam impor aos distraídos do costume.

Simplificando ao máximo: se a dívida pública de um estado está próxima dos 100% e a taxa de juro cobrada pelos empréstimos que ainda a financiam é muito superior ao crescimento do PIB (no nosso caso negativo) como é que alguma vez esse mesmo estado vai conseguir reduzir a dívida? Como? desaparecendo? Experimentem! Não é à toa que os bancos não emprestavam a partir de determinada taxa de endividamento... né? E tem esta malta "estudos"! Relvas... calma ... tu não, claro! ;-)

A solução é quase simples: os juros cobrados pelos FMIs e BCEs têm de ser muito próximos de zero por muito injusto que pareça para os altamente produtivos e rentáveis trabalhadores do norte da Europa (um mito a ser esclarecido ... sugiro uma voltinha no Eurostat). Não tem como fazê-lo já e, claro, assumir que associedade em que vivíamos tem de ser radicalmente alterada para que recuperemos a "normalidade": Acabar com a especulação selvagem (mas acabar mesmo) e assumir que as notas têm de começar a brotar do nada (no fundo o que a especulação faz mas em benefício de meia dúzia).

utópico? Sim. Mas é a solução? Também... se não quiseremos voltar para as cavernas de onde saímos há meia dúzia de centenas de anos ... mas podemos voltar... mas a malta do norte vai certamente evitar fazê-lo ;-)



Wednesday, October 03, 2012

LADRÕES E INCOMPETENTES... não necessariamente por esta ordem!

Estive calado que nem um rato quase um ano para ver até onde isto chegava. De fato foi mais longe do que eu esperava... muito por culpa do "povo sereno" e distraído que somos.

Está definitivamente na hora da rutura. De virar o tabuleiro. De haver consequências sérias para esta pilha de incompetentes que nos governa não apenas em Portugal.

Tomada da Bastilha, precisa-se!