Friday, October 12, 2012

Não compliquem

De fato vivemos tempos fantásticos e não estou a ser irónico. Nacional e globalmente somos governados por hordas de incompetentes.

Se outra evidência não houvesse, bastaria o já assumido erro de estimativa do FMI para acender todas as luzes no painel de controlo de políticos minimamente corajosos embora absolutamente nabos em Excel ou mesmo contas de merceeria.

Em vez de se andar a cavalgar em powerpoints e modelos económicos de sustentação agora comprovadamente discutível era bom que as almas ainda bem remuneradas deste planeta se dessem ao trabalho de, numa básica folha de cálculo, tentarem calcular o resultado da equação impossível que tentam impor aos distraídos do costume.

Simplificando ao máximo: se a dívida pública de um estado está próxima dos 100% e a taxa de juro cobrada pelos empréstimos que ainda a financiam é muito superior ao crescimento do PIB (no nosso caso negativo) como é que alguma vez esse mesmo estado vai conseguir reduzir a dívida? Como? desaparecendo? Experimentem! Não é à toa que os bancos não emprestavam a partir de determinada taxa de endividamento... né? E tem esta malta "estudos"! Relvas... calma ... tu não, claro! ;-)

A solução é quase simples: os juros cobrados pelos FMIs e BCEs têm de ser muito próximos de zero por muito injusto que pareça para os altamente produtivos e rentáveis trabalhadores do norte da Europa (um mito a ser esclarecido ... sugiro uma voltinha no Eurostat). Não tem como fazê-lo já e, claro, assumir que associedade em que vivíamos tem de ser radicalmente alterada para que recuperemos a "normalidade": Acabar com a especulação selvagem (mas acabar mesmo) e assumir que as notas têm de começar a brotar do nada (no fundo o que a especulação faz mas em benefício de meia dúzia).

utópico? Sim. Mas é a solução? Também... se não quiseremos voltar para as cavernas de onde saímos há meia dúzia de centenas de anos ... mas podemos voltar... mas a malta do norte vai certamente evitar fazê-lo ;-)



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