Credibilidade

Sinceramente não me lembro de umas eleições em que a credibilidade dos candidatos fosse tão determinante na minha opção de voto. O panorama é tão fracturante que só encontra paralelo no recente referendo sobre a interrupção voluntária sobre a gravidez que, evidentemente, não resultou num apocalipse de abortos ... mas já ninguém fala disso, claro.

Basicamente de um lado (ou deverei dizer lados?) temos a trupe de caranguejos tugas do costume: Bota a baixo que nós é que sabemos (mas não como, cá está!). Do outro, alguém que acredita que é possível e pode mudar o país, combatendo o crónico complexo de inferioridade.

Para evoluir é preciso primeiro mudar a começar pela atitude e ambição (estão recordados da campanha anti magalhães?) mesmo que para isso se cometam erros (novo aeroporto... medo!).

Tudo menos voltar a governos de amadores, incapazes de afrontar corporações por calculismo ou apenas falta de tomates.

Não foram distribuídos todos os fundos para a agricultura? Qual é o problema se não foram apresentados projectos credíveis?

Suspender a avaliação dos professores? Só o facto de hoje se falar em "suspender" e não em "abolir" foi uma mudança muito sensível na mentalidade de todos!

Claro que os lobbys e jogos afins não acabaram (infelizmente) mas pelo menos vão sendo "obrigados" a ajudar o país e não apenas o respectivo bolso.

Objectivamente, por muito que tenha doído a alguns de nós, este foi talvez o governo mais profissional (quiçá competente) de que me lembro. Só não reconhece que o país e as cabeças evoluiram durante estes 4 anos quem sinceramente continua a ver a politica numa óptica de interesse pessoal ou de Benfica / Sporting. Também esses têm de mudar!

Este post é assumidamente um manifesto, um do grito do Ipiranga, contra o que a carcaça Leite e o incompetente Santana ainda representam na minha memória. Jamais! Cruz, Credo, Canhoto!

E eu que nunca pensei vir a votar por fé...